Hoje, 15 de novembro, o Clube de Regatas do Flamengo celebra 129 anos de história, e quem marca presença nas homenagens é o eterno ídolo Zico. Relembre das aspas ditas pelo ‘Rei Artur’, durante o podcast The Players’ Tribune, no dia 5 de Novembro de 2021, o “Galinho de Quintino” compartilhou lembranças e sentimentos que o ligam ao clube que sempre foi sua casa. Em um relato profundo, Zico descreve o amor incondicional que o une ao Flamengo e revela a complexidade dessa conexão que transcende qualquer explicação racional.
“É meio estranho o que eu vou contar… Porque eu não sabia de onde vinha nem como tinha começado, e demorei pra entender o significado,” disse Zico, recordando como a paixão e o agradecimento ao Flamengo se transformaram numa sensação quase física de flutuar, que o acompanha até hoje. A metáfora que ele usa é tão rica quanto nostálgica: “Sabe quando a gente passa um tempão no mar e depois, já em casa, vem aquela sensação de que continua na água, chacoalhando devagarinho nas marolas?” É assim que ele descreve o que sente ao relembrar gols, vitórias e a energia da torcida rubro-negra.
Esse amor, segundo Zico, não é algo que possa ser separado em partes; é algo único e unificado. Ele contou que só recentemente, refletindo sobre o aniversário do Flamengo, conseguiu compreender essa ligação que o envolve desde pequeno. Ele lembrou das chegadas ao Maracanã em dias de jogo, quando, ao ver a multidão, sentia que não era o ônibus que o levava, mas sim o “mar de torcedores” que o fazia flutuar em direção ao estádio.
Zico destaca que para ele, “futebol é dom e paixão”: dom para aqueles que jogam e paixão para os que torcem. E reconhece que teve uma sorte rara – ou como ele diz, “a maior de todas” – por nascer com o dom de jogar e a paixão herdada de seu pai, um português que chegou ao Brasil e logo se encantou pelo Flamengo. Seu pai passou essa paixão para ele e seus irmãos, e de um modo que a história seria escrita, Zico se tornou o maior ídolo do clube.
Com essas palavras, Zico reforça o laço eterno que o une ao Flamengo e à Nação Rubro-Negra, expressando algo que vai muito além das conquistas em campo. Para ele, ser rubro-negro é uma essência que o acompanhou desde o nascimento e que, como ele mesmo diz, vai estar com ele até o fim.
Hoje, ao completar 129 anos, o Flamengo recebe essa declaração de amor de seu maior ídolo, um presente que honra a história de um clube e uma torcida que representam uma das maiores forças do futebol mundial.
