O Santos finalmente conquistou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro de 2025. Em noite de bom futebol na Vila Belmiro, a equipe bateu o Atlético-MG por 2 a 0 nesta quarta-feira (16), pela quarta rodada da competição. Entretanto, apesar do triunfo, um acontecimento ofuscou parte da alegria da torcida: Neymar sentiu uma lesão na coxa esquerda e deixou o campo chorando ainda no primeiro tempo. Assim, a manchete do confronto se divide entre o bom resultado e a preocupação com o craque. Santos ganha do Galo, mas Neymar se machuca.
Desde o apito inicial, o time santista mostrou vontade. Empurrado pela torcida, partiu para cima do Galo, que não se encontrou na primeira etapa. Aos 24 minutos, o zagueiro Zé Ivaldo abriu o placar com uma cabeçada firme após cobrança de escanteio. Na comemoração, o defensor provocou o rival ao imitar uma galinha, gesto que gerou desconforto no lado atleticano. Ainda no primeiro tempo, Barreal ampliou o placar, aproveitando sobra na entrada da área e finalizando com categoria.
Mesmo com o placar favorável, o clima na Vila mudou drasticamente aos 33 minutos. Neymar, que vestia a camisa número 100 em homenagem aos seus 100 jogos na Vila, se agachou para comemorar o segundo gol. Contudo, as lágrimas rapidamente substituíram o sorriso. Ele sentou no gramado, tirou chuteiras e caneleiras e, com expressão de dor, deixou o campo. Santos ganha do Galo, mas Neymar se machuca. E isso mudou o tom da partida.

Neymar sai machucado e preocupação domina a Vila
Santos ganha do Galo, mas Neymar se machuca. Essa frase, repetida entre torcedores e jornalistas, traduz o sentimento ambíguo da noite. O atacante vinha de um retorno recente após 42 dias afastado justamente por uma lesão na mesma coxa esquerda. A expectativa para vê-lo em ação como titular era alta, mas a presença em campo durou apenas 34 minutos.
O jogo contra o Atlético-MG era especial para Neymar. Além do uniforme comemorativo, o camisa 10 vinha sendo preparado para atuar com mais liberdade no meio-campo, sem sobrecarga defensiva. Segundo o técnico interino César Sampaio, o plano era preservar o físico do craque, deixando-o com funções apenas de criação e finalização. Ainda assim, a lesão voltou a atormentar o atleta.
A comissão técnica adotou cautela. Sampaio destacou que ainda é cedo para qualquer diagnóstico definitivo, e que exames serão realizados. Contudo, a expressão corporal do jogador indicou um possível agravamento da lesão. Diante disso, o treinador pediu orações e tranquilidade para lidar com o cenário. Santos ganha do Galo, mas Neymar se machuca, e agora o clube foca em preparar os substitutos.
Zé Ivaldo provoca, e Hulk responde após derrota
Enquanto a torcida santista comemorava, o Atlético-MG deixou o gramado visivelmente incomodado. Hulk, um dos líderes do elenco mineiro, não escondeu a insatisfação. Após o jogo, ele criticou a comemoração de Zé Ivaldo, chamando o gesto de “pensamento pequeno”. Segundo o atacante, a provocação mostra imaturidade e falta de profissionalismo. Ele defendeu que os jogadores devem valorizar suas conquistas em campo, e não usar provocações como forma de afirmação.
Hulk sobre a comemoração de Zé Ivaldo:
— Jornal dos Sports (@JornalDosSports) April 17, 2025
🎙️: "Pensamento de jogador pequeno que acha que é craque."
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Zé Ivaldo, por sua vez, preferiu adotar postura mais contida. Questionado sobre o gesto, o zagueiro disse que não queria entrar em polêmica. Ele afirmou que, embora tenha tido um leve desentendimento com Hulk durante o jogo, mantém uma boa relação fora de campo. Assim, a provocação ficou restrita ao calor da disputa.
No aspecto técnico, o Atlético-MG pecou na construção ofensiva. Mesmo com nomes como Scarpa, Rony e Hulk em campo, o time mineiro não conseguiu furar a defesa do Santos, que atuou de maneira compacta e organizada. O goleiro Brazão fez duas defesas importantes e garantiu o placar zerado para os visitantes. A vitória deu novo fôlego ao Peixe, que vinha de duas derrotas e um empate nas primeiras rodadas.
Santos ganha do Galo, mas Neymar se machuca e elenco tenta reagir com equilíbrio
Apesar da ausência precoce de Neymar, o Santos demonstrou maturidade. Com Barreal e Guilherme explorando os lados do campo e Tiquinho buscando espaço entre os zagueiros, a equipe manteve o ímpeto. Mesmo que não tenha ampliado o placar no segundo tempo, o time soube administrar a vantagem. Sampaio elogiou a aplicação dos atletas e destacou o ganho emocional da vitória, principalmente por evitar sofrer gols, algo que pesava nas últimas rodadas.
O treinador interino também avaliou a organização tática do grupo como essencial para o resultado. A mudança para uma marcação em bloco médio ajudou o Santos a ocupar melhor os espaços e dificultou as ações do adversário. Sampaio explicou que tentou reduzir a dependência das jogadas defensivas sobre Neymar, oferecendo suporte tático para que ele pudesse brilhar no ataque.
Com a lesão do craque, a responsabilidade aumentará sobre os demais jogadores. Sampaio reconheceu essa realidade e afirmou que o elenco está pronto para assumir o protagonismo enquanto Neymar se recupera. Ele citou o bom desempenho de Rollheiser, que entrou no lugar do camisa 10, como exemplo de prontidão.
No fim, a torcida reconheceu o esforço do time e aplaudiu os jogadores ao término da partida. Santos ganha do Galo, mas Neymar se machuca, e o roteiro do duelo fica dividido entre a esperança reacendida e a apreensão por um novo afastamento do principal nome do elenco. A expectativa, agora, gira em torno dos exames e do possível tempo de recuperação. Enquanto isso, o Peixe volta a campo com a missão de manter o embalo sem seu maior ídolo.

