Não se brinca com Fernando Diniz. Ele é f…!

Pedro Chiaverini

dezembro 11, 2025

OPINIÃO JS

Definitivamente, não se brinca com Fernando Diniz Silva. O bem que ele faz ao futebol e à sociedade do país é imensurável. O comandante do futebol do Vasco é muito mais que apenas um treinador. Ele é alguém que deveria ser ouvido pelo ministro dos Esportes, da Educação e até pelo presidente da República. O pai do Dinizismo tem muito mais a entregar ao país do que apenas títulos no futebol.

Os que debocham do seu estilo de jogo ou são incapazes de analisar o futebol ou são invejosos. Tudo bem, faz parte. O que ele tem feito no Vasco beira o milagre. Com elenco limitadíssimo, resgatou a paixão do torcedor pelo time, colocou PH na Seleção Brasileira, deu sequência de jogos inédita a Philippe Coutinho e potencializou absurdamente o futebol do jovem Rayan, que, em breve, brilhará nos gramados europeus e com a amarelinha.

O que ele fez na última quinta-feira, contra o Fluminense, foi de uma maestria, de uma genialidade digna dos lendários. Começou com Rayan de nove. Quem fez o primeiro gol? O próprio. No fim do jogo, colocou Vegetti na mesma posição e puxou o jovem craque para a direita. O que aconteceu? Jogada do menino e gol do veterano.

Foi sensacional? Claro!

Mais que isso. Normal para ele, como dizem os jovens.

Mas isso é muito pouco perto do que ele entrega ao esporte e, de novo, à sociedade.

Diniz entende de futebol. E muito. Seu repertório tático é autodidata. Na prática, é simples. Quanto mais um time fica com a bola, mais controle tem do jogo, dominância sobre o adversário, mais finalizações consegue e, consequentemente, tem mais chances de fazer gol. Mas não vou entrar no mérito estratégico dele, que, para os poucos entendidos, se resumo à “saidinha com goleiro”.

Não há um jogador que não evolua com ele. Por todos os clubes que passou foi assim. Além disso, ele resgata os talentos perdidos para os problemas sociais, como John Kennedy.

Foi assim com Samuel Xavier, que virou lateral-direito com ele; Bruno Guimarães, com que hoje brilha na Premier League após trabalhar com ele no Atlético-PR; Caio Paulista, ex-ponta e agora lateral do Palmeiras graças a ele; os então desconhecidos Caio Henrique e Allan; Brenner, vendido ao futebol americano por uma bagatela, entre muitos outros.

Pode fazer uma pesquisa entre os boleiros. Pelo menos, 90% são apaixonados por ele.

Sabe por quê? Porque ele se preocupa com o ser humano antes do jogador, além de proporcionar um verdadeiro espetáculo com seus times.

E sem demagogia barata.

Ele é isso.

Ele é assim.

Entre o ame-o ou odeie-o, eu prefiro amá-lo.

A química que ele construiu com a torcida do Vasco é algo absurdo. O cruzmaltino nunca abandonou e nunca abandonará o seu time, mas é inevitável dizer que, com Diniz, essa relação entre torcedor e equipe ficou ainda mais densa e visceral.

Um cara desse não merece ser campeão?

Merece muito!

E será!

Vitória, Diniz!