MP-RJ pede condenação de 7 acusados por incêndio no Ninho do Urubu

Redação

maio 14, 2025

No último domingo (11), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu a condenação de 7 acusados pelo crime de incêndio culposo que ocorreu no Ninho do Urubu, centro de treinamentos do Flamengo, em 2019. A tragédia levou 10 garotos da base a óbito e outros três sofreram lesões.

O MP-RJ ouviu mais de 40 testemunhas durante mais de três anos desde o oferecimento da denúncia.

Diante da complexidade do caso e a pluralidade de acusados, o MPRJ entendeu que o conjunto probatório angariado comprova plenamente a responsabilidade criminal dos denunciados que ocupavam cargos com ingerência na administração do referido CT“, disse o órgão em nota.

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Sete acusados pelo MP-RJ por incêndio no Ninho do Urubu

  • Antonio Marcio Mongelli Garotti (ex-diretor de Meios do Flamengo)
  • Marcelo Maia de Sá (ex-diretor adjunto do Patrimônio (Obras) do Flamengo)
  • Claudia Pereira Rodrigues (representante da empresa NHJ, que forneceu os contêineres usados como alojamento)
  • Danilo da Silva Duarte (engenheiro responsável pela fabricação, montagem e instalação dos contêineres)
  • Fabio Hilario da Silva (engenheiro responsável pela fabricação, montagem e instalação dos contêineres)
  • Weslley Gimenes (engenheiro responsável pela fabricação, montagem e instalação dos contêineres)
  • Edson Colman da Silva (responsável pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado)

Ao todo, 11 pessoas foram denunciadas, mas o Judiciário entendeu que dois acusados não estavam mais vinculados ao fato ocorrido. Além disso, um terceiro foi absolvido por entenderem que suas ações não contribuíram para a prática do crime.

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Bandeira de Mello é excluído de denúncia do MP-RJ

Desse modo, o quarto excluído da denúncia foi o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello. O ex-mandatário não foi julgado porque havia atingido a idade prevista no Código Penal que implicava a redução de sua pena, o que resultou na prescrição do delito.

Todavia, foi Bandeira de Mello quem assinou todos os contratos de compra dos contêineres que pegaram fogo. Em 2014, o ex-presidente do Flamengo foi notificado pelo Ministério Público e pelo Ministério do Trabalho para regularizar a situação considerada precária pelas autoridades.

Assim, em nota, o MP-RJ diz que o ‘episódio’, que ficou conhecido como a ‘maior tragédia da história do Flamengo’, poderia e deveria ter sido evitado”. Além disso, o orgão também diz “demonstrar, com rigor técnico, como os comportamentos dos denunciados contribuíram para a ocorrência do delito que ceifou a vida de dez adolescentes”. O Ministério Público pede a ‘condenação como a resposta penal justa e necessária’.