A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, levantou a possibilidade de os clubes brasileiros abandonarem a Conmebol e se filiarem à Concacaf, entidade que rege o futebol na América do Norte, Central e Caribe. A declaração veio após a punição aplicada ao Cerro Porteño pelo caso de racismo sofrido pelo atacante Luighi na última semana, que foi considerada branda.
“Se a Conmebol não consegue combater esse tipo de crime [racismo] e não trata os clubes brasileiros com o respeito que merecem, por que não considerar uma mudança para a Concacaf? Talvez assim o futebol brasileiro seja tratado com a devida importância. É algo a se pensar”, afirmou Leila em entrevista à TNT Sports.
REUNIÃO COM A CBF E CARTA À FIFA
Leila revelou que pretende discutir essa possibilidade na próxima quarta-feira (13), durante uma reunião na CBF com outros clubes brasileiros e o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.
“É uma ideia que precisa ser debatida. Se não somos respeitados na América do Sul, por que não buscar a Concacaf? Além de tudo, financeiramente, seria mais vantajoso para os clubes brasileiros.”
Além disso, os clubes que compõem a Libra e a LFU, juntamente com o Palmeiras, enviaram uma carta à FIFA pedindo uma intervenção nos casos de racismo e uma postura mais rígida da Conmebol nas punições.
“Protocolamos a carta hoje e vamos continuar acompanhando de perto essa questão. As lágrimas do Luighi tocaram o mundo inteiro, e não podemos permitir que casos como esse se repitam sem punições exemplares.”
A sugestão de Leila Pereira promete movimentar os bastidores do futebol sul-americano, levantando questionamentos sobre a relação dos clubes brasileiros com a Conmebol e as medidas necessárias para combater o racismo no esporte.