No comando do Cruzeiro, o técnico Fernando Diniz conquista pelo segundo ano consecutivo uma vaga em final continental, desta vez na Copa Sul-Americana. Após um início de ano conturbado no Fluminense, o treinador tem a chance de dar a volta por cima e consolidar seu estilo de jogo em terras mineiras. Sua chegada ao Cruzeiro trouxe esperança à torcida celeste e reviveu o sonho de erguer uma taça internacional, que escapa ao clube desde a Libertadores de 1997.
Recomeço no Cruzeiro
Após um ano complicado no Fluminense, em que o clube carioca enfrentou uma série de altos e baixos e a pressão externa se intensificou, Fernando Diniz deixou as Laranjeiras em meio a questionamentos e críticas. A demissão foi motivada, principalmente, pela irregularidade em campo e pelo desgaste entre a comissão técnica e parte do elenco. Com a oportunidade de recomeçar no Cruzeiro, o técnico mineiro de coração (por causa de seu vínculo com Minas Gerais) encontra um time com jovens promessas e talentos experientes, pronto para moldar à sua maneira.
Ao lado do diretor de futebol Alexandre Mattos e do auxiliar técnico Eduardo Seabra, Diniz reconstruiu a equipe, trazendo peças fundamentais e apostando em um modelo de jogo ofensivo e dinâmico. Seabra tem sido uma figura importante nessa fase de reformulação e equilíbrio, garantindo que a filosofia de posse e movimentação de Diniz seja adaptada ao elenco e ao contexto do futebol mineiro.
Matheus Pereira: destaque e convocação
Entre os jogadores em ascensão, o meia Matheus Pereira se destaca. Com atuações consistentes, ele se tornou peça-chave na criação de jogadas e nas transições ofensivas do Cruzeiro. Sua performance chamou a atenção de Diniz, que deu liberdade ao jogador para explorar seu potencial técnico e visão de jogo. A qualidade de Matheus no meio-campo e a recente convocação para a seleção brasileira são reflexos da confiança e do espaço que Diniz proporciona para o crescimento individual de seus atletas. A expectativa da torcida é que Matheus possa brilhar também na final, representando o orgulho mineiro em alto nível.
Minas em duas finais continentais
O fato de dois grandes clubes mineiros estarem em finais continentais reflete o crescimento e o fortalecimento do futebol no estado. Além do Cruzeiro na Sul-Americana, o Atlético Mineiro disputa a final da Copa Libertadores, colocando Minas Gerais no centro do cenário sul-americano. Essa coincidência histórica ressalta a competitividade dos times mineiros, que têm investido em elencos fortes e estruturas de apoio técnico e administrativo. Para os torcedores, as finais representam mais do que um troféu; são um marco de afirmação e de rivalidade saudável que movimenta o futebol brasileiro.
O técnico Fernando Diniz conquista pelo segundo ano consecutivo uma vaga em final continental, aos olhos do treinador, esta é mais do que uma final. É a chance de consolidar seu legado, provar seu valor e reverter as críticas enfrentadas no Fluminense. Com o apoio da torcida celeste e a confiança da diretoria, o treinador caminha para seu maior desafio à frente do Cruzeiro. No palco continental, ele terá a oportunidade de transformar toda a trajetória de superação em um novo capítulo de glória para o clube.