Ex-Diretor de comunicação da CBF nega acusações de assédio

Redação

dezembro 22, 2024

O ex-diretor de comunicação da CBF nega acusações de assédio sexual após sua demissão da entidade. Rodrigo Paiva, que ocupou o cargo por anos, afirmou, em nota enviada ao UOL, que nunca praticou atos de assédio ou discriminação ao longo de sua carreira. Ele também destacou que não é réu nem parte do processo movido por Luisa Rosa, ex-diretora da CBF, contra a Confederação Brasileira de Futebol.

Ex-diretor de comunicação da CBF nega acusações de assédio

Rodrigo Paiva se pronunciou publicamente após a repercussão de sua saída. Ele afirmou que o segredo de justiça na ação judicial impede seu acesso ao conteúdo completo das acusações e a apresentação de uma defesa detalhada. Apesar disso, Paiva ressaltou que as alegações não correspondem à sua trajetória profissional, que inclui cinco ciclos de Copas do Mundo liderando a comunicação da seleção brasileira.

“Jamais, em toda a minha carreira, me envolvi em episódios de assédio, discriminação ou desrespeito. Esses valores sempre pautaram minha conduta”, afirmou o ex-diretor.

As acusações ganharam força após a divulgação de mensagens entre Paiva e Luisa Rosa. A colunista Alicia Klein revelou, nesta sexta-feira (20), que o conteúdo dessas mensagens foi considerado assédio pela 2ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Apesar disso, Paiva reforçou que não figura como réu no processo.

Rodrigo Paiva também atribuiu os ataques que vem sofrendo a questões políticas dentro da entidade. Ele mencionou que a situação se intensificou desde que Ronaldo Fenômeno, de quem é amigo pessoal, lançou sua candidatura à presidência da CBF.

Paiva rompeu com Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação, e a entidade o desligou nesta semana.Segundo ele, sua saída estaria vinculada a disputas internas, e não às acusações levantadas por Luisa Rosa.

Por outro lado, a revelação das mensagens pela imprensa coloca pressão sobre a entidade, que ainda não se manifestou oficialmente sobre os detalhes do caso. O processo movido por Rosa contra a CBF segue em segredo de justiça, e as próximas etapas deverão determinar a evolução das investigações e possíveis desdobramentos.

Enquanto isso, o ex-diretor defende sua reputação e aguarda que o caso seja esclarecido. “Minha trajetória profissional fala por si. Continuarei lutando para que a verdade prevaleça”, concluiu Paiva.

A demissão de Rodrigo Paiva e as acusações de assédio abrem um capítulo de tensão na CBF, entidade marcada por controvérsias da administração nos últimos anos.