Na última segunda-feira (18), a ESPN promoveu um debate entre os candidatos à presidência do Flamengo, com o objetivo de discutir propostas para o próximo triênio do clube. No entanto, o encontro, que reuniu Rodrigo Dunshee, Maurício Gomes de Mattos (MGM) e Luiz Eduardo Baptista (Bap), foi marcado por acusações e ataques pessoais, dificultando a apresentação de planos concretos e ideias.
Logo no início, Rodrigo Dunshee destacou o título mundial sub-20 recentemente conquistado pelo Flamengo, mas foi lembrado de seu comportamento controverso em outra ocasião: ao receber as famílias dos jovens falecidos no incêndio do Ninho do Urubu, afirmou que estava lá apenas para prestar solidariedade, mas não permaneceu para os esclarecimentos esperados, mencionando compromissos pessoais. O candidato justificou-se ao afirmar que não é parte direta do processo e que o presidente Rodolfo Landim também não compareceu, argumentando que sua função é apenas assinar os acordos como representante do clube. “Quanto aos que estão chateados, eu entendo. A verdade é que o Flamengo tentou fazer o seu melhor, mas querem uma solução para ontem”, disse Dunshee.
No entanto, o clima esquentou quando Maurício Gomes de Mattos classificou Dunshee como “Pinóquio do mal”, acusando-o de distorcer fatos nas discussões sobre a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a construção de um estádio próprio para o Flamengo. Dunshee respondeu que MGM e Bap eram contrários à aquisição do terreno e os acusou de não participarem da votação para aprovação da compra. MGM, por sua vez, ironizou a acusação e desafiou Dunshee a comprovar sua alegação.
O embate entre Bap e Dunshee também se destacou. Dunshee zombou de Bap por usar anotações no debate e criticou a postura de seu oponente, exigindo que ele se desculpasse por uma suposta comparação entre o técnico do Flamengo e um “cachorro”. Bap negou a acusação e atacou a gestão do adversário, afirmando que falta planejamento, processos claros e que a base do Flamengo decaiu nos últimos anos.
Em outro momento, Dunshee questionou a aliança de Maurício Gomes de Mattos com o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, o que MGM considerou uma atitude ingrata, mencionando as críticas de Bandeira à atual gestão.
O debate evidenciou um cenário de polarização e poucas propostas sólidas, ressaltando a divisão entre os candidatos e suas visões para o clube. Com a eleição marcada para o próximo dia 9 de dezembro, resta saber como esse confronto influenciará a decisão dos sócios e o futuro do Flamengo.