Wander Nunes Pinto Júnior, de 35 anos, conhecido como “Juninho Neymar”, é irmão do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. Ele construiu uma carreira sólida no futebol amador de Minas Gerais. Ganhou destaque por seus gols e títulos em torneios da várzea. Além disso, soma mais de 25 mil seguidores nas redes sociais e atrai o interesse de diversos dirigentes de clubes da região.
Contudo, foi por outro motivo que seu nome ganhou manchetes nacionais.
Bruno Henrique, relacionado para a partida de logo mais, chega ao CT Ninho do Urubu.
— Jornal dos Sports (@JornalDosSports) April 16, 2025
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Indiciamento pela Polícia Federal
Na última terça-feira (15), a Polícia Federal indiciou Wander e Bruno Henrique por possível envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas. A investigação aponta que, durante a partida entre Flamengo e Santos, pelo Brasileirão de 2023, o atacante teria forçado um cartão amarelo. O objetivo seria beneficiar apostadores ligados a ele.
Família no centro da polêmica
O nome de Wander aparece entre os beneficiários diretos do suposto esquema. Ele teria apostado R$ 380,86 e obtido um retorno de R$ 1.180,67. Mas ele não foi o único membro da família envolvido.

Outros dois parentes também estão citados nas investigações:
- Ludymilla Araújo Lima (cunhada de Bruno Henrique): Apostou R$ 380,86 em uma plataforma, recebendo R$ 1.180,67. Em outra casa, investiu R$ 500,00 e ganhou R$ 1.425,00.
- Poliana Ester Nunes Cardoso (prima): Também apostou R$ 380,86 e obteve os mesmos R$ 1.180,67 de retorno.
Lucro estimado e detalhes da operação
A Polícia Federal estima que o total ganho nas apostas envolvendo familiares de Bruno Henrique foi de R$ 4.967,01. Apenas com as apostas associadas à partida contra o Santos, foram lucrados R$ 3.324,43.
Apesar do sucesso no futebol amador, o apelido de “Juninho Neymar” agora divide espaço com o peso das acusações. Resta aguardar os desdobramentos judiciais do caso, que segue sob investigação.