Carlo Ancelotti chegou ao Brasil na noite deste domingo (25) para iniciar sua trajetória como novo treinador da Seleção Brasileira. O italiano de 65 anos desembarcou às 20h50 no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, vindo de Madri, onde encerrou uma das mais vitoriosas passagens da história recente do Real Madrid. Nesta segunda-feira (26), ele será apresentado oficialmente pela CBF e anunciará a primeira convocação de sua nova era. Os 23 nomes enfrentarão Equador e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
A chegada de Ancelotti não é apenas uma mudança de comando técnico. Representa uma virada de página na história da Seleção Brasileira, que busca se reerguer após campanhas frustrantes nos últimos mundiais e nas Eliminatórias.
O currículo de Ancelotti que chegou ao Galeão
A princípio, poucos nomes no futebol mundial carregam a bagagem de Carlo Ancelotti. Com cinco títulos da UEFA Champions League no currículo — três com o Real Madrid e dois com o Milan —, o italiano é o treinador mais vitorioso da história da principal competição de clubes do mundo. Além disso, é o único técnico a conquistar os cinco principais campeonatos nacionais da Europa: Itália (Milan), Inglaterra (Chelsea), França (PSG), Alemanha (Bayern de Munique) e Espanha (Real Madrid).
Ancelotti começou sua carreira como técnico em 1995, comandando a Reggiana. Desde então, passou por gigantes do futebol europeu como Parma, Juventus, Milan, Chelsea, PSG, Real Madrid, Bayern de Munique, Napoli e Everton. Em quase três décadas à beira do campo, empilhou títulos: Copas nacionais, Supercopas, Mundiais de Clubes e, claro, Champions Leagues.
Sua mais recente passagem pelo Real Madrid consolidou ainda mais sua reputação. Em duas etapas pelo clube merengue, conquistou títulos de praticamente todas as competições disputadas: três Champions, dois Campeonatos Espanhóis, três Mundiais de Clubes, duas Copas do Rei, três Supercopas da UEFA e duas Supercopas da Espanha.
Desafio à altura do currículo de Carlo Ancelotti
Se no continente europeu Ancelotti conquistou tudo o que podia, no Brasil o desafio é outro — e igualmente grandioso. A missão, desse modo, é clara: levar a Seleção Brasileira ao tão sonhado Hexa. A última conquista foi em 2002, e desde então o Brasil viu seleções como Alemanha, Espanha, França e Argentina tomarem o protagonismo nas Copas. A pressão por resultados é imensa, e a exigência da torcida brasileira vai além de títulos: espera-se um futebol bonito, ofensivo, envolvente — o famoso “jogo bonito”.
Ancelotti, conhecido por seu estilo calmo e liderança silenciosa, terá que lidar com expectativas que vão muito além das quatro linhas. Terá que administrar um grupo de jogadores talentosos, muitos deles jovens, e reconstruir a identidade da Seleção em um momento em que o futebol brasileiro busca se reencontrar. Além disso, o italiano terá de lidar com a cultura intensa e emocional do futebol brasileiro, algo bastante diferente do ambiente europeu.
Convocação e primeiros passos
O primeiro ato de Ancelotti à frente da Seleção será revelado já nesta segunda-feira, com a convocação para os jogos contra Equador (5 de junho) e Paraguai (10 de junho), pelas Eliminatórias Sul-Americanas.

