Cruzeiro é derrotado pelo Racing e perde título da Sul-Americana
O Cabuloso não alcançou a glória eterna, sonho esse de conquistar um título internacional foi adiado para o Cruzeiro, que perdeu no confronto com a equipe argentina.
Na tarde deste sábado (24), no estádio Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai, a equipe mineira perdeu por 3 a 1 para o Racing na final da Copa Sul-Americana e. Com o vice-campeonato, a Raposa não apenas ficou sem o troféu, mas também deixou escapar a vaga direta para a fase de grupos da Libertadores de 2025, tendo agora que concentrar esforços no Campeonato Brasileiro para garantir sua presença na principal competição sul-americana.
Derrota na decisão: um primeiro tempo desastroso
O Racing iniciou uma partida de forma avassaladora e rapidamente abriu vantagem. Aos 15 minutos, Gastón Martirena balançou as redes com um chute certeiro, e cinco minutos depois, Adrián Martínez ampliou o placar, aproveitando a desorganização defensiva do Cruzeiro.
O técnico Fernando Diniz optou por escalar Walace no meio-campo, mas a escolha se mostrou equivocada, já que o setor ficou vulnerável e sem controle.Ainda no primeiro tempo, Diniz corrigiu a formação ao substituir Walace por Lucas Silva aos 29 minutos. A mudança trouxe mais estabilidade ao meio do campo celeste, e o Cruzeiro começou a equilibrar as ações.
No entanto, o dano já estava feito. O Racing recuou estrategicamente, apostando em contra-ataques, enquanto a Raposa tentou, sem sucesso, descontar antes do intervalo. No segundo tempo, o Cruzeiro voltou com postura mais ofensiva. A pressão inicial deu resultado aos sete minutos, quando Kaio Jorge marcou após boa partida coletiva, reacendendo as esperanças celestes. O tempo mineiro passou a dominar o jogo e criou novas chances, enquanto os argentinos recuaram ainda mais.
Contudo, a Raposa esbarrou na eficiência defensiva do Racing, que bloqueou as principais investidas. Nos acréscimos, Roger Martínez lançou o contra-ataque, avançou sozinho e marcou o terceiro gol, selando o título argentino e frustrando o sonho cruzeirense.
O cabuloso não conquistou a glória eterna, mas deixou lições: elenco exposto e planejamento necessário
A reviravolta na decisão evidenciou carências no elenco do Cruzeiro, especialmente na construção de jogadas e na capacidade de ocorrência em partidas decisivas. A troca de Walace por Lucas Silva mostrando inicialmente que o Cruzeiro carecia de equilíbrio.
Após o apito final, o volante Lucas Romero, um dos líderes do tempo, não escondeu a emoção ao falar sobre a derrota. “A dor que sentimos é muito grande. Tínhamos o sonho de dar esse título aos torcedores e aos funcionários que enfrentaram momentos difíceis nos últimos anos. Trabalhamos muito para chegar até aqui e queríamos essa conquista por tudo o que o Cruzeiro passou”, disse Romero à ESPN.A ausência do título também trouxe impactos práticos.
Sem a vaga direta na Libertadores, o Cruzeiro agora precisa garantir sua vaga por meio do Brasileirão. A equipe ocupa uma posição competitiva na tabela e enfrentará adversários diretos na reta final da competição, começando pelo Grêmio, na próxima quarta-feira (27), às 21h, em Porto Alegre.
O Cabuloso não alcançou a glória eterna: Foco no Brasileirão
Com o vice-campeonato da Sul-Americana, a Raposa volta todas as atenções para o Campeonato Brasileiro. Nas quatro rodadas restantes, o objetivo será somar pontos suficientes para garantir a classificação à Libertadores, mesmo que pelo caminho mais longo, via pré-Libertadores.
Fernando Diniz terá que ajustar rapidamente a equipe, tanto fisicamente quanto emocionalmente, após o golpe sofrido na decisão continental. Para isso, o treinador contará com a experiência de jogadores como Lucas Romero e Lucas Silva, que se destacam como referências dentro do elenco.
Apesar da frustração, o Cruzeiro tem chance de transformar a dor da derrota em combustível para os desafios futuros. A retomada da estabilidade financeira e o retorno à Série A são conquistas importantes, mas o clube sabe que sua torcida espera mais. Buscar rumos e recuperar o protagonismo nacional e internacional são metas que continuarão a norte o planejamento celeste para 2024 e além.
Embora o “Cabuloso não alcance a glória eterna” neste momento, a trajetória até aqui demonstra resiliência. E, com ajustes e foco, o sonho pode ser renovado em breve.
