Na noite deste sábado (2), em uma final eletrizante contra a Colômbia, o Brasil venceu por 5 a 4 nos pênaltis após empate por 4 a 4 no tempo normal e na prorrogação. Com o resultado, a equipe comandada por Arthur Elias levantou sua nona taça da Copa América Feminina, mantendo a hegemonia continental e reforçando o protagonismo no futebol sul-americano.
Primeiro tempo tem virada de emoções
A Colômbia começou a decisão no estádio El Campín, em Bogotá, com intensidade e marcação alta. Impulsionadas pela torcida local, as colombianas impuseram ritmo forte desde o apito inicial. Logo aos 13 minutos, a jovem estrela Linda Caicedo abriu o placar com uma finalização precisa após jogada construída pela direita.
Apesar do susto inicial, o Brasil não se abateu. Ainda no primeiro tempo, a seleção conseguiu equilibrar a posse de bola e passou a ocupar mais o campo ofensivo. Aos 41 minutos, após bola levantada na área, a zagueira Carabalí cometeu pênalti em Gio Queiroz. Na cobrança, Angelina bateu firme e empatou o jogo: 1 a 1.
Segundo tempo alterna domínio e leva jogo à prorrogação
Na volta do intervalo, o Brasil cresceu em campo. Com mais movimentação pelas pontas e uma marcação adiantada, a seleção brasileira parecia pronta para virar o jogo. No entanto, aos 12 minutos, um erro entre Tarciane e a goleira Lorena culminou em gol contra. A bola mal recuada resultou em uma falha grave, e a Colômbia aproveitou para fazer 2 a 1.
A resposta brasileira foi imediata. Amanda Gutierres, artilheira da equipe na competição, apareceu aos 17 minutos e, de cabeça, igualou o marcador: 2 a 2. O ritmo seguiu intenso, e ambas as equipes criaram chances perigosas. Mas quem voltou a balançar as redes foi a Colômbia. Aos 42 minutos, Linda Caicedo puxou contra-ataque fulminante e serviu Ramírez, que tocou na saída de Lorena: 3 a 2.
Marta entra e muda o jogo
O Brasil, porém, manteve o espírito combativo. Já nos acréscimos, aos 50 minutos, Marta — que havia entrado na etapa final — acertou um chute espetacular de fora da área e empatou novamente: 3 a 3. O gol levou a decisão à prorrogação, com as equipes esgotadas fisicamente, mas mentalmente firmes.
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Prorrogação tem brilho de Marta e resposta colombiana
Logo no início do tempo extra, Marta apareceu mais uma vez. Aos 7 minutos, Gabi Portilho cruzou pela direita, e a camisa 10 finalizou de primeira no canto esquerdo da goleira Pérez: 4 a 3 para o Brasil. O gol parecia o suficiente para garantir a taça. Contudo, a Colômbia ainda tinha forças.
Aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, Leicy Santos cobrou falta com categoria, no ângulo, sem chances para Lorena. O empate em 4 a 4 levou a final aos pênaltis, aumentando ainda mais a tensão em Bogotá.
Decisão por pênaltis confirma a estrela do Brasil
Na disputa de pênaltis, o Brasil converteu as cobranças de Angelina, Ana Vitória, Kathellen e Yasmin. Marta, que poderia ter selado a vitória, acabou parando na goleira Pérez. No entanto, do lado colombiano, Carabalí desperdiçou ao ver Lorena defender sua finalização, e Ramírez mandou por cima do gol.
O placar de 5 a 4 nas penalidades garantiu ao Brasil mais um título sul-americano. Com esta conquista, o Brasil chegou ao nono título em dez edições da Copa América Feminina. Além do troféu, a conquista garante vaga direta na Copa do Mundo Feminina de 2027 e nos Jogos Olímpicos de Paris 2028.

