Botafogo processa empresa responsável pelo voo para o Mundial. O Botafogo acionou a Justiça dos Estados Unidos contra a Omni Air International, empresa responsável pelo fretamento do avião utilizado pela delegação no Mundial Interclubes de 2024, disputado no Catar. O clube alvinegro alega que não recebeu a aeronave com as condições previamente acordadas e busca o reembolso total pelo serviço prestado.
Segundo o portal “UOL”, a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo esperava uma aeronave equipada com 60 poltronas totalmente reclináveis, o que garantiria maior conforto e recuperação física para os jogadores. Entretanto, apenas os assentos do piloto e do copiloto ofereciam essa funcionalidade. Essa situação teria contribuído para o desgaste físico da equipe, prejudicando o desempenho no torneio.
Botafogo processa empresa responsável pelo voo para o Mundial: detalhes da ação judicial
A decisão de fretar a aeronave foi tomada por John Textor, acionista majoritário da SAF alvinegra. O objetivo era proporcionar uma viagem mais confortável para a delegação após uma maratona de jogos decisivos no Campeonato Brasileiro e na Libertadores. No entanto, o serviço entregue ficou aquém do prometido.
O lateral-esquerdo Alex Telles, em entrevista ao programa “Um Assado Para…”, detalhou as dificuldades enfrentadas durante o trajeto para Doha. Segundo ele, a longa viagem de 16 horas, combinada com a falta de assentos adequados para descanso, comprometeu a recuperação dos jogadores.
“Ganhamos o Brasileiro, comemoramos no campo e jantamos com os familiares. Às 23h, já estávamos no avião rumo ao Catar. Fomos comemorando e bebendo no início, mas chega uma hora em que o cansaço bate. Tentei deitar em três bancos, mas, em termos de recuperação física, foi muito ruim. Não foi a melhor opção para uma viagem tão longa”, afirmou Alex.
O zagueiro Alexander Barboza também criticou as condições da aeronave. Após a eliminação do Botafogo para o Pachuca, do México, por 3 a 0 na estreia do torneio, ele apontou o desgaste físico como um dos principais fatores para a atuação abaixo do esperado.
“Foi muito difícil. O avião não oferecia as condições ideais para uma viagem tão longa. Jogamos várias partidas importantes em sequência, e o corpo não aguentou. Ainda assim, fizemos um ano incrível para o clube e para a torcida”, disse o defensor.
Botafogo processa empresa responsável pelo voo para o Mundial: impacto no desempenho esportivo
A eliminação precoce no Intercontinental foi um golpe duro para o Botafogo, que vinha embalado pelos títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro. A derrota por 3 a 0 para o Pachuca frustrou as expectativas de jogadores e torcedores, que sonhavam com mais uma conquista internacional.
Além das críticas de Alex Telles e Alexander Barboza, o desgaste físico foi apontado por membros da comissão técnica como um dos fatores decisivos para o desempenho abaixo do esperado. O impacto do voo desconfortável reforçou a importância de uma logística bem planejada para competições de alto nível.
Mudanças na gestão e lições para o futuro
Com a ação judicial contra a Omni Air International, o Botafogo busca não apenas o reembolso financeiro, mas também garantir que situações como essa não voltem a se repetir. O caso destaca a necessidade de maior atenção na contratação de serviços logísticos, especialmente em momentos decisivos para o clube.
O episódio também levanta questionamentos sobre a escolha de fretar uma aeronave do New England Patriots, time da NFL. Embora a intenção de John Textor tenha sido positiva, a execução deixou a desejar, evidenciando a importância de alinhar expectativas e contratos de forma mais detalhada.
Apesar do revés no Mundial, o Botafogo encerrou a temporada com grandes conquistas e uma base sólida para o futuro. O clube agora busca aprender com os erros e continuar evoluindo dentro e fora de campo, com o objetivo de manter-se competitivo em todas as competições que disputar.
A próxima temporada será crucial para o Botafogo consolidar sua posição entre os grandes do futebol brasileiro e internacional. Além disso, o desdobramento da ação judicial pode trazer lições importantes sobre gestão e planejamento, não apenas para o clube, mas para todo o cenário esportivo nacional.