Carlo Ancelotti frustrou as expectativas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao recusar o convite para assumir a Seleção. A decisão, segundo o jornal Marca, aconteceu após o Real Madrid negar a liberação imediata do técnico, o que inviabilizou a negociação.
Embora a CBF já tivesse avançado com o acordo, o técnico não viajou para Londres na segunda-feira (28), como previsto. Mesmo assim, a cúpula da entidade brasileira seguiu até Madri na terça-feira (29), ainda acreditando em um desfecho positivo. Contudo, após conversas finais, o treinador comunicou a recusa.
Segundo fontes próximas ao treinador, o Real Madrid não abriu mão de manter o italiano até o Mundial de Clubes, que será disputado entre junho e julho. Esse impasse criou um conflito direto com o plano da CBF, que pretendia contar com Ancelotti já na próxima Data Fifa, marcada para junho.
CBF tinha pressa, mas Real Madrid agiu com firmeza
A entidade brasileira esperava apresentar Ancelotti o quanto antes. Para isso, contava com uma liberação rápida por parte do clube espanhol. Contudo, o Real Madrid manteve sua posição desde o início: só liberaria o treinador após o encerramento da temporada europeia.
Assim, Ancelotti informou pessoalmente a Ednaldo Rodrigues que não poderia assumir a Seleção neste momento. O telefonema, segundo o portal Ge, aconteceu horas antes de o presidente da CBF embarcar de volta ao Brasil. A conversa surpreendeu os dirigentes, que apostavam na palavra do treinador e na promessa de que ele deixaria Madri.
Além disso, a negociação previa um contrato até a Copa do Mundo de 2026, o que também exigiria a rescisão do vínculo atual do técnico com o Real Madrid. Como o clube espanhol tem vínculo com o treinador até julho de 2026, a saída imediata dependeria de uma liberação ou de pagamento de multa rescisória.
Ancelotti desiste da Seleção e Real Madrid pode ter tido influência
Diante desse cenário, Ancelotti desiste da Seleção e Real Madrid pode ter tido influência direta na decisão. Embora o treinador demonstrasse interesse em comandar o Brasil, ele optou por respeitar o compromisso firmado com os merengues.
A CBF, por sua vez, decidiu não esperar até agosto, data sugerida pelo clube espanhol. O motivo principal é o calendário. A comissão técnica precisa estar definida antes da Copa América, marcada para junho, nos Estados Unidos. Adiar a chegada do novo técnico dificultaria o planejamento da competição.
Ao longo dos últimos meses, Ednaldo Rodrigues conduziu as tratativas com confiança. Ele chegou a indicar, em entrevistas, que o acordo com Ancelotti estava encaminhado. No entanto, a interferência do Real Madrid reverteu o cenário. Por isso, a entidade brasileira agora volta ao mercado em busca de outro nome.
Futuro da Seleção segue indefinido após recuo do italiano
Apesar do recuo, Ancelotti deixou portas abertas. Em declarações anteriores, ele elogiou o futebol brasileiro e garantiu que dirigir a Seleção seria uma honra. Ainda assim, Ancelotti desiste da Seleção e Real Madrid pode ter tido influência definitiva nesse desfecho.
Com a indefinição, a CBF avalia opções. Fernando Diniz, que já ocupou o cargo interinamente, permanece como alternativa. Além dele, Dorival Júnior também agrada parte da diretoria. Mesmo assim, o desejo da CBF era contar com um técnico estrangeiro com experiência em grandes competições.
Agora, a entidade deve acelerar as conversas com outros nomes. O tempo curto e a proximidade da Copa América forçam decisões rápidas. A Seleção volta a campo em junho, e precisa chegar à competição com uma comissão técnica estável, bem definida e alinhada com os objetivos da CBF.
