“Não existe mais bobo no futebol”. Costumávamos usar essa expressão para exaltar a evolução de times fracos, como a própria seleção da Venezuela. Mas, hoje, ela não cabe mais. Existe bobo no futebol, sim. E somos nós: a pentacampeã seleção brasileira.
O país do futebol. Que falácia! Não conseguimos ganhar da Venezuela, outrora vítima nossa em sonoras goleadas. Foram eles que evoluíram ou nós que paramos no tempo?
Por que a seleção brasileira (em caixa baixa mesmo!) não consegue produzir um futebol à altura de sua tradição? São 22 anos sem um título de Copa do Mundo. E vamos continuar um bom tempo sem.
De que adianta um time com jogador considerado melhor do mundo, não sei quantos titulares do Real Madrid, “craque” do Manchester City de Guardiola, melhor goleiro do mundo, jogadores de 100 milhões de euros? Eles parecem tão fracos com a amarelinha. Parecem ou realmente são? Fracos ou superestimados?
Se eles valem essa bagatela, quanto valeriam Romário, Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo? Se apelarmos a Pelé, Garrincha, Gerson, Rivellino e cia aí é covardia demais. Qual a solução para o sucesso do futebol brasileiro? A culpa é só da safra? Claro que os jogadores de hoje são muito mais fracos do que os citados. Mas muito mesmo! E não venham com esse blá blá blá de que são campeões de Champions League, melhores do mundo, estão na “poderosa” Premier League, valem uma fortuna…
Estou falando de seleção brasileira! A camisa que já foi a mais pesada do futebol mundial!
De quem é a culpa?
A culpa é do técnico? Talvez. Afinal, o que Dorival Júnior tem de tão especial para comandar o nosso futebol? Qual diferencial dele?
Quando tivemos a oportunidade de oferecer algo novo para o mundo e para o torcedor, com Fernando Diniz – esse, sim, muito diferente! -, foi sacado em pouquíssimo tempo de trabalho, numa tremenda covardia digna dos nossos cartolas.
Depois, veio o devaneio de Ednaldo Rodrigues, mantido no cargo numa manobra do ministro do STF, Gilmar Mendes, para não ficarmos fora de importantes competições.
No entanto, não seria melhor ficar fora dessas competições a fazer essa vergonha?
Ah, não esqueçamos o polpudo salário do dirigente: R$ 383,6 mil por mês.
E ficamos esperando Carlo Ancelotti por meses. Isso beirou o papel mais ridículo do futebol brasileiro depois dos 7 a 1.
Agora, o devaneio da vez é Pep Guardiola.
Então… Está tudo errado!
Do presidente ao ponta esquerda, como diriam os antigos.
E passando, sim, pelo técnico!
Dirigente preso, banido, acusado de escândalo sexual…
Enquanto nosso futebol for comandado por dirigentes presos (teve até encarcerado em Nova Iorque, olha como somos chiques!), banidos do futebol, foragidos, acusados de escândalos sexuais e/ou mantidos no cargo por manobras do STF, nunca sairemos do lugar.
Mas parece que não sair do lugar é bom para alguns.
Sempre para os mesmos.
E para as mesmas figurinhas carimbadas.
Pobre torcedor.
Pobre futebol brasileiro, que padece e agoniza há décadas.
