Em entrevista ao Jornal dos Sports, o presidente do Botafogo, Durcesio Mello, subiu o tom aos clubes que pedem fair play financeiro. Para o dirigente, esses pedidos acontecem pelo fato de o Botafogo ter se estruturado e voltado a brigar por títulos.
“O que é esse fair play? Não entendo o que é isso que eles falam. Há 10, 15 anos, Flamengo e Palmeiras ficam se beneficiando de cotas muito maiores de televisão, nunca houve fair play nisso e, se você coloca na linha do tempo, R$ 100 milhões a mais por 15 anos só de TV para Flamengo, Corinthians, dá um R$ 1,5 bilhão. É a diferença que o Botafogo não recebeu comparado a Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Corinthians… Agora eles vêm falar porque o Botafogo está incomodando”.
Durcesio bateu na tecla de que a liga criada pelos clubes brasileiros seria uma solução para igualar as cotas de TV e minimizar as reclamações, por exemplo.
“Acho que tem que ter o fair play, sim, mas com cotas de televisão iguais. Tem que sair a Liga, porque se iguala isso e aí vamos ter fair play. Tem mais um player nessa jogada. O Botafogo está incomodando e veio para ficar.”
Animado com o momento do clube, o mandatário alvinegro rasgou elogios a John Textor, a quem creditou todo o sucesso na gestão e com a torcida.
“Quando a gente fez a primeira SAF do Brasil, e tivemos a sorte de ter o John Textor como investidor, que ama o Botafogo… Na realidade, nosso projeto falava em começar a ganhar título em 2025, mas as coisas foram antecipadas graças a essa paixão, desprendimento e vontade de investir dele. Se vai ser campeão, o tempo irá dizer. A torcida abraçou ele e ele abraçou a torcida. Ele é um querido, pessoa carismática e está revolucionando o futebol do Botafogo e brasileiro. Está incomodando muita gente.”
Por fim, Durcesio não prometeu título, mas deixou um recado.
“Se não for esse ano, vai ser ano que vem. A gente vai estar sempre lá brigando. Agora, o Botafogo é um player importante dentro desses que estão disputando o título. O Botafogo será um deles.”